O Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023 tem caráter obrigatório face ao Regulamento (UE) 2018/1091 do Parlamento Europeu e do Conselho. Este trabalho do INE responde às necessidades estatísticas internacionais e nacionais entre recenseamentos agrícolas, que se realizam a cada dez anos (último em 2019) e os indicadores atualizados estão disponíveis no portal (https://www.ine.pt).
Na apresentação do documento relativo a 2023, o INE resume que foram contabilizadas 261,5 mil explorações (-9,9% que em 2019) e 3,861 milhões de hectares de SAU (-2,6% que em 2019), destacando os seguintes pontos:
• A aceleração do ritmo de redução do número de explorações agrícolas desde 2019, em particular das de pequena dimensão, generalizado a todas as NUTSII;
• O aumento da dimensão média das explorações para os 14,8 hectares de SAU por exploração (13,7 hectares em 2019) e da dimensão económica média para os 31,4 mil euros de VPPT por exploração (23,3 mil euros de VPPT em 2019);
• A manutenção da importância da especialização das explorações nacionais (3/4 do total);
• O aumento da mão de obra assalariada, que compensou o decréscimo da mão de obra familiar e interrompeu a tendência de decréscimo do volume de mão de obra agrícola registada desde 1989;
• A importância das sociedades agrícolas na estrutura produtiva, que é muito superior à sua representatividade (6%);
• As diferenças entre os dirigentes das sociedades agrícolas, que têm em média 54 anos e boas qualificações, e os produtores singulares, cuja média de idades é de 65 anos e a formação agrícola é principalmente prática;
• Na utilização das terras, o aumento da área das culturas permanentes, que ultrapassou pela primeira vez as terras aráveis;
• No regadio, a utilização de 3 mil milhões de m3 de água na rega de 581,4 mil hectares no Continente;
• O decréscimo do número de explorações e do efetivo de herbívoros, devido à conjuntura desfavorável;
• O aumento significativo das explorações e das áreas certificadas em modo de produção biológico, que mais que triplicaram em 4 anos;
• O aumento da importância das boas práticas de conservação do solo, nomeadamente da mobilização reduzida e da manutenção do coberto vegetal durante o inverno.
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Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 10/12/2024